terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Capítulo 7 – Minha vida é uma novela...

Em menos de 24 senti na pele o que é ser Sol (América), Nazaré (Senhora do Destino), Luciana (Viver a Vida) e por ai vai...

CALMA!!!! Não dancei com uma roupa sexy em cima de um bar de boate, não empurrei ninguém da escada e muito menos sofri um acidente de ônibus na Jordânia. Mas acho que Glória Perez seria a pessoal ideal para adaptar o meu dia de ontem para as telinhas, já que tudo era tão real e bizarro ao mesmo tempo.

Como já havia comentado antes, estava pronto para desbravar a América Central com a mochila nas costas. Mas não rolou...

Tudo começou (há um tempo atrás na ilha do sol) as 5 da manhã quando pegamos um taxi para a rodoviária, que na verdade era a garagem de uma empresa de ônibus. Estávamos viajando na VIBE Serena (Alma Gêmea): o mais barato possível. Ela resolveu ir a pé atrás de um sentimento, nós resolvemos ir com o ônibus mais tosco atrás do Zelaya.

Tudo parecia estar SUPIMPA até a hora que o ônibus lotou e continuava entrando gente. Levando em conta que seria uma viagem de 10 horas, não fazia muito sentido ter pessoas em pé ali. Perguntei pro carinha o que iriam fazer e ele simplesmente disse que não sabia. Ok que o problema não era meu, eu estava confortavelmente sentado no meu assento. Isso foi até começar a viagem e pessoas começarem a roçar as bundas delas perto da minha cara e da Renata, que fomos revezando o assento do lado do corredor. Tinha de tudo dentro daquele ônibus, até mesmo um TATU, sim um TATU empalhando, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Só faltou aparecer Thaís Araújo na pele de Preta (Da Cor do Pecado) e resolver ter um filho ali dentro do ônibus.

Os problemas mais sérios começaram quando chegamos na fronteira com Honduras. Nós Brasileiros, antes do Zelaya resolver que a Embaixada do Brasil é Hotel, não precisaríamos de visto pra entrar. Por isso tivemos que pagar 40 dólares para a embaixada Hondurenha aqui da Guatemala pra carimbarem nosso passaporte. A Peruana que estava com a gente, que tem residência da Guatemala, depois de ligar 3 vezes para 3 lugares diferentes, foi informada de que não precisava de nada, pois a Guatemala tem um acordo de imigração com Honduras e com essa residência ela estaria amparada pela Guatemala.

Mas como a gente sabe, fronteiras e policiais de imigração são todos um bando de bipolar e fazem o que querem. Resultado: Peruana não pode entrar no país. Como bons amigos e unidos venceremos no melhor estilo Babalú, Abgail, Auxiliadora e Tatiana (Quatro por Quatro), resolvemos todos ficarmos pra trás e deixar o ônibus ir embora.

Pegamos uma Kombi caindo aos pedaços, na VIBE Rose (Cama de Gato) e voltamos para a fronteira da Guatemala pra carimbarem nosso passaporte de volta. Em menos de 30 minutos ganhei um carimbo de entrada e saída do país.

Quando estávamos saindo da imigração, na tentativa de buscar algo ou alguém que nos levasse para algum lugar que tivesse ônibus, avistamos o carinha que carimbou nosso passaporte entrando em um carro. Encarecidamente pedimos uma carona até a cidade mais próxima. Ele foi muito gente boa e disse que não tinha problemas. Tudo muito bom, tudo muito bem até a gente andar 10 metros, cruzar a fronteira e policiais pedirem pra todos descerem do carro e entregar o passaporte. Acho que foi a hora que eu fiquei com mais medo.

O policial, com cara de cu e de quem não sabia o que tava fazendo, perguntou quanto nós tínhamos pagado para as pessoas da imigração. Nós dissemos que nada, mas já tínhamos certeza de que iríamos pagar alguma coisa pra ele. Ele ia se afastando da gente com os passaportes, nós íamos atrás, sempre de olho na arma dele. Até que ele chegou perto de um rio. Só me vinha na cabeça a última cena de Titanic quando aquela velha joga o colar na água. Só que ao invés de colar eram 4 passaportes.

Ele folheou cada passaporte pelo menos umas 237 vezes, fez perguntas aleatórias, chamou outro policial, ligou pra não sei quem, até resolver que a gente não tinha nada e nos liberou. Como ficamos nessa palhaçada uns 30 minutos, óbvio que o carinha gente boa da imigração não ficou esperando e foi embora. Tivemos que pegar um “taxi” que me fez sentir totalmente que nem a Sol (América). Sabe aqueles carros que ela usou pra cruzar a fronteira dos EUA? Pois então, era idêntico a esse “taxi”, só faltou o motorista querer me colocar dentro do painel do carro pra terminar de atravessar a fronteira.

Enfim... chegamos na tal cidade e de cara já tinha um ônibus indo pra capital da Guatemala. O cara disse que tinha lugar pra nós 4 e fez a gente colocar as malas no bagageiro pois nossas malas não caberiam em cima. Pronto, bastou isso pra minha preocupação começar. Quando entramos no busão e vimos que nossas malas caberiam perfeitamente lá em cima, a Renata e o Guto desceram do ônibus pra pegar nossas malas e levar lá pra cima enquanto eu e a Fiorella ficamos guardando nossos lugares pq o ônibus estava lotado (sim, com pessoas de pé). Tinha até uma mulher com um bebe no colo de pé, me deu muita vontade de dar uma de Nazaré (Senhora do Destino) e pegar o bebe dela pra colocar no meu colo. Mas nunca se sabe como uma pessoa pode reagir a esse tipo de coisa. Deixei quieto.

5 minutos depois de o ônibus começar a andar chegou um carinha e disse: “Veja bem, um assento de vocês está vendido pra uma pessoa que vai entrar na próxima cidade, daí alguém vai ter que ir em pé, beijomeliga.” Ou a gente aceitava, ou a gente ficava na próxima cidade esperando outro ônibus no qual provavelmente aconteceria a mesma coisa. Resolvemos ficar e espremer 3 pessoas em um assento de 2.

Foi nessa hora que me sentia como a Luciana (Viver a Vida), 10 minutos em uma posição desconfortável foi o suficiente para eu não sentir as minhas pernas e poder dormir sem dor. Até a hora de morrer de vontade de ir no banheiro e não ter aonde ir. Sério, concentração e um psicológico muito forte ajudam nessa hora. Já tinha bolado pelo menos 5 planos diferentes de como ir ao banheiro ali dentro do ônibus. Janela e garrafa d’água eram umas das opções.

No final das contas o ônibus parou, eu fiz xixi, chegamos em casa de baixo de uma puta chuva, comi Pizza Hut e dormi na minha cama como se eu não tivesse saído de casa.

Agora tivemos que mudar todos os nossos planos de viagem. Mas como diria Mohamed (O Clone), Alá escreve certo com linhas tortas. Vamos ver o que rola daqui pra frente.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Capítulo 6 – Com a mochila nas costas...

Então, o próximo post era pra ser sobre a minha (estranha) vida de academia. Mas essa semana foi muito tensa no trabalho, milhões de coisas pra fazer antes das férias, stress rolando solto alguns dias... No final das contas não tive tempo de escrever sobre essa maravilha chamada academia (NOT!).

Mas dando uma palhinha (?) sobre o assunto, posso dizer que 3 semanas de academia não fizeram muita diferença para o meu maravilhoso corpo (not!). Por isso, fotos com roupa de praia só do peitinho pra cima.

Mas enfim...

Vou ter duas semanas de férias. SIM, trabalhei um mês e meio e terei duas semanas de férias! Mas isso não vem ao caso. Como provavelmente será o tempo mais longo sem trabalho, tenho que aproveitar pra botar a mochila nas costas e desbravar a América Central como se não houvesse amanhã. Porque viajar é uma das minhas paixões e não precisa ser Mãe Diná pra descobrir isso.

O roteiro será basicamente Honduras, seguido por Nicarágua e El Salvador. Apesar de ser inverno no lado de cá do mundo, estou viajando na VIBE verão e Caribe, ou seja, só roupa de calor e um único casaco na mala. Entre as atrações da viagem encontram-se um curso de mergulho em Honduras e uma possível escalada de vulcão em Nicarágua.

Eu vou viajar junto com o Guto e a Renata, que são os brasileiros que moram comigo, e com a Fiorella, uma peruana da AIESEC que também trabalha na Novartis. Nenhum de nós está na VIBE cidade, por isso o roteiro estará voltado mais para o lado natureza (morta) dos países. Basicamente um tipo de viagem que eu nunca fiz. Muito estranho pensar que vou colocar uma mochila nas costas e não vou ver igrejas antigas, pontos turísticos famosos e pessoas bonitas.

Acho que isso é o que mais me atrai nessa viagem. Conhecer lugares que de fato eu nunca pensei que fosse conhecer. Exemplo disso é pensar que alguns meses atrás eu nem me importava com o fato do Zelaya estar abrigado na embaixada Brasileira e agora ter que pagar U$40,00 porque desde então Brasileiro precisa de visto para entrar no país.

Estou partindo “para essa aventura radical com uma turminha do barulho” daqui a 5 horas. Prometo que tento atualizar isso aqui no meio da viagem, mas não garanto. Por isso já deixo aqui um FELIZ NATAL e um ANO NOVO MARAVILHOSO para todos. Celebrem com a família, com os amigos, pulem 7 ondas, comam X uvas, passem a virada só com o pé direito no chão.

Ah! E melhor de tudo... comam muito sem culpa porque no final do ano pode. Ok que em 2009 eu fiz isso o ano inteiro, mas 2010 promete ser diferente. Comecei o post falando de academia e faço questão de terminar falando ACADEMIA. Isso só pode ser um sinal de que finalmente minha promessa de acabar o ano magro vai dar certo.


Isla de Ometepe - Nicarágua


Isla de Utila - Honduras

domingo, 13 de dezembro de 2009

Capítulo 5 - Sim, a vida pode ser saudável!

Desde que comecei com a idéia de fazer outro intercâmbio decidi que iria abrir a minha mente para novas oportunidades, novas culturas, novos estilos de vida. Confesso que de início essa política não funcionou muito bem, levando em conta minha total aversão só de pensar de ir pra Índia, mas...

Depois que eu cheguei aqui na Guatemala, parece que a “abertura de mente” foi involuntária e veio à tona junto com o novo estilo de vida que eu assumi aqui, mais conhecido como vida de trabalhador (exclusivamente). Posso resumi-la em duas palavras: LEGUMES e ACADEMIA.

Colocar essas duas palavras juntas, se referindo a minha pessoa, parece ser algo tão absurdo como uma melancia nascer quadrada. Mas se existe melancia quadrada, pode existir um Fábio saudável.

Esse capítulo irá tratar de Legumes, por mais bizarro que pareça. A Academia eu deixo mais pra frente, quando tiver mais experiência na área. É tudo muito novo para mim! One step at a time.

De início, até eu me assustei um pouco, mas foi uma coisa que cresceu em mim. A Albita deixa nossos pratos feitos todos os dias, os legumes sempre estavam lá, e para não fazer desfeita, eu comia. Confesso que pensava duas vezes antes, os deixava um pouquinho de lado, mas no final sempre me rendia. E para a minha surpresa, eu sempre gostava. Não sei se os agrotóxicos daqui também dão sabor aos legumes, ou se a Albita cozinha muito bem, mas várias coisas que SIM, eu já tinha provado antes com cara torta, agora eu gosto.

O teste final foi o dia da beterraba. Quem me conhece sabe que eu tenho um trauma infantil com relação a ela. Só de olhar aquele treco roxo me faz voltar aos tempos que minha mãe me obrigava a comer beterraba e eu colocava um quilo de maionese em cima pra disfarçar o gosto.

Enfim, estava lá a beterraba, olhando pra mim e eu pensei: “Se eu gostar disso, mais do que nunca eu terei certeza de que o mundo vai acabar em 2012.”. Encarei ela como o teste final. Sem hesitar peguei um garfo, uma rodela de beterraba e enfiei na boca. E cheguei a uma única conclusão: é, e sempre será trauma de infância. Porntofalei. (mãe, não se sinta culpada, esse é o único)

Ao comentar meu gosto por legumes na Guatemala com a Mari Halfen, ela, sábia como sempre, só me disse uma frase:

“Lembre-se que, em qualquer parte do mundo, legume será sempre salada e nunca companhia”

Um ensinamento para a vida... =]

Agora vou ali ao shopping comer um fast food porque ninguém muda radicalmente de um mês para o outro. Porque se salada fosse realmente bom, teria rodízio. (by algum twitter da vida)


sábado, 12 de dezembro de 2009

nota de rodapé

Venho por meio deste comunicar que DOMINGO será o dia de postagens novas.

ANOTEM NAS AGENDAS E JÁ CRIEM UM ALARME NO CELULAR ! ! !

Capítulo 4 - Primeiras Impressões

Conheci muito pouco da cidade, já que o trabalho fica do lado de casa. Pude ver mais quando andei de carro com a minha chefe para ir para os almoços que comentei. Aqui é bem parecido com o Brasil. Muitas partes me lembra Fortaleza, só que sem a praia. Não é tão organizado que nem Curitiba mas está longe de ser uma favela gigante (palavras de Renata Aquino) que nem a Índia.


Aqui é bem globalizado (no quesito fast food). Tem lojas de todos os lugares. Especialmente dos Estados Unidos. Pizza Hut, Wendy’s, TGI Fridays, Mc Donals, BK, Chuck and Cheese, Taco Bell, Applebees, Subway entre vários outros. E o melhor de tudo… TEM UMA RUA QUE REÚNE TUDO ISSO ! ! ! 3 palavras: HEAVEN ON EARTH !


Mas a comida tradicional daqui é super boa também. Lembra muito a comida mexicana, bastante apimentada, guacamole, tortillas y todo eso. Aqui eles tomam muito caldo antes das refeições, tipo uma sopinha bem rala.


A vida de noite aqui é bem tosca. Tudo começa muito cedo, pq por lei, todos os bares devem fechar a 1 da manhã. Daí a galera sai até 1 hora e depois vai pro que eles chamam de AFTER, que é basicamente continuar festando em um lugar seguro e/ou FORA DA LEI ! hehehehe. Ontem fui pra um bar, nos expulsaram a 1 da manhã e depois fomos fazer um after na casa de uma guria Alemã e outra de Belize!


Essa é a parte que eu menos vivenciei da Guatemala até agora. Mas sempre penso que tenho um ano pela frente pra conhecer. Estamos esperando a Renata chegar para começar a planejar nossas viagens e passeios turísticos locais. O primeiro, provavelmente vai ser visitar um vulcão que está ativo e ver LAVA ! Tenho que começar a me preparar, pois são 2 horas de subida. Vou comprar um tênis e entrar na academia semana que vem. Porque agora não tem desculpa!

Capítulo 3 - O Trabalho


Apesar de ser a coisa que eu mais fiz esses dias, não tenho muito o que falar a não ser que estou AMANDO. A empresa é muito foda, tem uma estrutura foda, tenho um workspace só meu, com um computador, dois monitores (daqueles que vc desliza o mouse pelos dois) e UM LAPTOP só pra mim. Posso levar ele pra casa, fazer o que quiser com ele.


TODAS... TODAS as pessoas da empresa são MEGA simpáticas e me tratam super bem. Elas podem passar por mim 1000 vezes por dia que elas vão me dar oi e cumprimentar as 1000 vezes. Minha chefe é muito massa, tem 29, um carro super foda e tem cara de ser muito bem de vida. O chefe dela é muito engraçado, já morou em São Paulo por dois anos. O chefão do setor é Holandês e fala espanhol super bem.


Ahhh! Tem a não menos importante tia do café. Ela fica passando de tempos em tempos me trazendo água, perguntando se eu quero café, café com leite. Um amor ela, bem do tipo que vc coloca num potinho e guarda pra sempre.


Eu já to me sentindo mega importante. Em uma semana de trabalho já fui a DOIS (eu disse DOIS) almoços de “negócios”.


O primeiro foi acompanhado de um treinamento de um produto utilizado na prevenção de câncer. Tava quase todo mundo do meu grupo de trabalho, incluindo os chefões (MEDO). O melhor de tudo foi que no final do almoço estávamos conversando sobre o fim do mundo em 2012 e sobre o filme Monstros SA. Acho que foi a hora que eu mais conversei!hahahaha Me identifiquei muito com os assuntos.


O segundo foi na sexta, que aqui foi dia do vendedor médico. Como grande parte da indústria farmacêutica se resume em pessoas indo até médicos/hospitais pra vender produtos, eles são mega importantes. Por isso fizeram uma festa pra eles em um restaurante muito foda, no qual a refeição custava 50 reais ! (com a empresa pagando tudo by the way). Esse foi mais descontraído. Teve concurso de dança, de karaokê. Nunca vi pessoas tão animadas! Dei muita risada, pude conhecer pessoas de outros setores e comer de graça. Nesse dia, como jurado do concurso de dança, fui intitulado como “Fábio, Trainee de MKT do Brasil, especialista em Samba!”


Aqui eu trabalho basicamente com materiais promocionais na área de Oncologia da Guatemala e El Salvador. Ou seja, todo o material que esses vendedores que citei antes levam junto nas vendas de produtos, eu que sou responsável. Desde impressos informativos, brindes, presentes, etc. Tem uma agência que fica responsável pela criação em si (sim, eu serei o cliente chato que vou ficar pentelhando eles). E tem também a parte mais administrativa e de logística, de decidir o que vai pra El Salvador, quantidade de coisas, etc.


Na sexta estávamos em reunião e surgiu uma dúvida com relação a um gasto de 15mil dólares. Alguém mandou: “Acho q não tem problema, não vai influenciar muito!” (Hahahaha) Eu ri por dentro. Afinal, passei um ano na AIESEC dando valor pra cada real que deveria ser gasto.


Existem muitos outros detalhes que eu queria contar, tipo OS CARRÕES FODAS que tem no estacionamento da empresa, ou que eu tenho uma senha própria pra acessar uma impressora gigante, duas vezes maior que eu, que tem uma tela de LCD. Mas NÉ, ta ficando muito longo isso aqui e ainda falta um capítulo.


Capítulo 2 - A Casa

O lugar onde eu estou ficando é a casa de uma “senhora” de uns 58 anos. Ela aluga quartos pra pessoas da AIESEC. Ela se chama Alba, mas já chamo ela carinhosamente de Albita ! Hoje de manhã me disse: “Buenos Dias hijo”... quase chorei ! Ok, não, mas achei lindo!


De primeiro achei estranho e pensei. COMO EU VOU BEBER? Daí perguntei pra um dos meninos que mora aqui se ela se importa se beber. Ele disse: “Não... q nada... uma vez comprei cerveja, deixei na geladeira e ela tomou minhas cervejas!”. Ok, mental note: esconder as bebidas da Albita!


Por sinal, na quarta feira foi aniversário da Albita. Eu e o pessoal aqui de casa fomos até a casa da filha dela pra jantar com eles. Lá descobri que além de beber ela fuma ! Mas isso não vem ao caso. Fomos hiper bem recebidos, tomei minha primeira cerveja Guatemalteca, brinquei com o Golden Retriever dela, que no final da noite tentou acasalar com a minha perna.


Aqui moram o Guto, um brasileiro da AIESEC Ribeirão Preto, que já está aqui a uns 9 meses e acho que vai ficar mais um ano. O Fidel (Castro... not), mexicano, que já fez dois intercâmbios para o Brasil e está aqui a 1 mês. Daqui a uma semana chega a Renata, da AIESEC Vitória. Todos trabalham na Novartis, que fica a uns 8 minutos caminhando. No caminho tem um viaduto que supostamente é perigoso e por isso tem um guardinha com uma arma todos os dias lá! Já to BESTS deles e os cumprimento todos os dias. Nunca se sabe quando eles vão ter que decidir entre atirar em mim ou em outra pessoa. Melhor manter a amizade, o swing e a simpatia! Aqui falam muito do lance de segurança. Mas daí sempre lembro que passei quase a minha vida toda escutando isso quando morava no Rio. Enfim...


Aqui tem tudo. Casa, comida, roupa lavada (e passada), internet e Tv a Cabo. Ou seja, céu na terra! A Alba faz tudo pra gente, até lava a louça! Todo dia quando acordo, na mesa da cozinha já tem um copo de leite e dois sanduiches. Um no prato pra eu comer no café e outro embrulhadinho em um guardanapo pra levar de lanche pra empresa! Eu almoço na empresa mesmo, lá tem refeitório e o almoço (muito bom por sinal) custa R$1,70. Mas a Novartis me deu tickets de graça pra comer!


Ahh! A Alba é cabelereira... nem precisava ter cortado meu cabelo no Brasil... e na placa do salão dela tem uma foto da Britney Spears (achei válido dividir isso com vocês).


A localização daqui é super boa. Está perto de mercado, farmácia, shopping (com cinema), de um Mc Donald’s e de um Subway! Não preciso de mais nada! SÉRIO !




Capítulo 1 - A Viagem

Sai do Rio as 13hrs... fui direto pro Panamá. A primeira meia hora dentro do avião foi insuportável... primeiro pq ele ficou parado quase o tempo todo no solo e eu com medo de perder minha conexão. Segundo pq o ar tava desligado e eu tava assando lá dentro. No final do vôo já tava passando frio por causa do ar condicionado... vai entender. No vôo assisti Julie&Julia (q é uma boa bosta, não recomendo).

Do Panamá peguei outro avião que parou em Nicarágua (e não, não era na Rua Nicarágua 444) e logo depois segui vôo para a Guatemala. Entre passar pela imigração, pegar as malas (morrendo de medo delas não chegarem) e talz... tava saindo do aeroporto as 22hrs locais, ou seja, 1hr da manhã do Brasil... totalizando assim, 12 horas de viagem.

Duas meninas da AIESEC foram me pegar, com plaquinha e tudo, e já me trouxeram pra casa aonde eu vou ficar... que é o assunto do próximo capítulo desse livro (not!).

Sim, criei um Blog !

Resolvi criar um blog porque só de pensar em escrever um email gigante já tava me dando fadiga.

Da primeira vez é legal, é novidade... mas dai o tempo passa, vc entra na academia (sim, entrei na academia, não surtem) e o tempo parace não existir para escrever livros de uma só vez.

Pra isso criei o blog na tentativa de mantê-lo atualizado pelo menos uma vez por semana. Não prometo mais pq sei que não vou cumprir e vai acabar como o blog que prometi atualizar todos os dias quando estava na Espanha. #fail

Pra continuar na VIBE capítulos, como do primeiro e-mail que mandei, cada post daqui vai ser um capítulo da minha VIDA Guatemalteca (o que já explica o título do blog... sem contar que Guatemala e tortilla são VIDA). Assim fica mais fácil caso alguém queira transformar isso aqui em um livro (wannabe Polly).

Vou começar postando os 4 primeiros capítulos já escritos.

Resumindo: querem saber notícias minhas? Entrem aqui ! Simples assim.